Criando Psitacídeos

Minha ave fugiu, e agora?

4 de junho de 2016

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Minha ave fugiu, e agora?

O número de fugas de aves é alarmante, todo mês são inúmeros pedidos de ajuda para divulgar. Dois pontos são característicos nestes casos, é sempre a junção de um susto com um descuido, e os casos também aumentam exponencialmente nos períodos festivos, já que na correria cuidados rotineiros, fogos , visitas e etc … acabam contribuindo para a fatalidade. Realizamos uma pesquisa e perguntamos – Sua ave fugiu, nos conte como:

  1. Se assustou com o barulho;
  2. Abriu a gaiola e saiu;
  3. Cortou a tela do viveiro;
  4. Janela ou porta aberta;
  5. Fugiu mesmo com a asa aparada;
  6. Outros

Obtivemos os seguintes resultados:

Se assustou com o barulho Aves são animais gregários, que gostam e vivem em bandos. Se está confortável e bem alimentado não tem motivo, nem vontade de fugir. Usamos o termo fugir por um vício mesmo de linguagem, a ave não quer fugir de você nem da sua casa, o fato é que como animais nascidos em ambiente fora do natural, não recebem e nem aprendem com os pais as lições sobre localização, desse modo, quando voam , ficam desorientadas e acabam se perdendo. Muito sensíveis a barulho, sendo este responsável por grande número de fugas. Em alguns casos podemos nos antecipar e evitar acidentes como no caso de dias festivos com solta de fogos, para os casos surpresa, como queda de algo que faça um grande barulho por exemplo, o melhor meio é manter ele em local telado, ou seja, que as áreas de fuga como janelas e portas da sua casa sejam teladas.

Abriu a gaiola e saiu Aqui também é um motivo de fuga bem comum e que pode ser evitado. Não sei se por desconhecimento de ambas as partes, vou colocar nessa conta os fabricantes de gaiolas e os proprietários, muitas gaiolas e viveiros não tem um sistema eficiente de trancamento delas. Muitas pessoas não sabem ou não tem noção do potencial cognitivo de muitos psitacídeos em abrir os mais complicados sistema de fechadura, aqui quase já tive acidente com minhas calopsitas, senti algo estranho no ar, e quando fui olhar uma delas tinha aberto o sistema de fechadura e todas saíram do viveiro, por sua vez minhas cadelas corriam atrás delas que na época tinham a asa aparada,como tinha  várias calopsitas correndo, as cadelas corriam desorientadas sem saber qual pegar primeiro.Bem, a dica é, por mais bobinha que sua ave pareça, se ela fica por muitas horas na gaiola vai, como é característica dos psitacídeos, arrumar ocupação. Sua ave vai observar como você faz para abrir e na primeira oportunidade vai tentar e tentar por muitas vezes até conseguir.  Quando fazem na nossa frente ainda existe chance, muitas vezes o acidente ocorre quando não tem ninguém, ai quando chegamos só achamos mesmo a gaiola vazia e a saudade. Existe no mercado gaiolas ou viveiros com trancas de difícil abertura e outras com alto nível de dificuldade, tem também o bom e velho cadeado que resolve muitos casos.

Cortou a tela do viveiro Aqui é outro ponto que também poderia ser evitado, apesar disso é comum ver aves em gaiolas e viveiros inadequados a sua espécie, além do perigo exposto de conseguirem cortar a tela por ser mais fina e menos resistente a espécie, existe o risco de ao quebrar  a ave engolir pedaços do metal podendo ocorrer cortes internos e/ou até óbito por intoxicação por metais pesados.Procure sempre gaiolas com espessura e resistência para a espécie da ave, e no caso de viveiros com a largura da malha e resistência também adequadas, quando se trata dos bicos tortos quanto mais resistente melhor.

Janela ou porta Aberta Aqui acho um ponto bem importante, esse entra no quesito “descuido” responsável por tantos acidentes de todos os tipos, seja doméstico ou profissional. O hábito, a rotina é fator determinante nestes casos. Como já mencionamos outras vezes, não é tão fácil ou trivial criar aves se vamos fazer como se deve, exige sacrifícios, mudanças e adaptação na rotina, entre elas a de se comportar como em ambiente de risco, ou seja, sempre,devemos fazer disso uma regra rígida, antes de retirar uma ave da gaiola  deve-se verificar todas as janelas, portas, basculantes e demais pontos de fugas, garantido que tudo está ok, ai sim retiramos com segurança a ave da gaiola. Telar a parte externa e janelas também aumenta muito a segurança.

Fugiu mesmo com a asa aparada Ao fazer essa pesquisa me deparei com o alarmante número de casos de aves que fogem “mesmo com as asas aparadas”, então antes de entrar no mérito, buscamos entender porque as aves tem capacidade de voar? No seu caminho evolutivo, as aves adquiriram várias características essenciais que permitiram o vôo, Entre estas podemos citar:

Endotermia – Proporciona a ave manter sua temperatura corporal relativamente constante .

Desenvolvimento das penas –  Estudos apontam que as penas se desenvolveram a partir das escamas dos dinossauros. Desenvolvimento de ossos pneumáticos  – é um osso que possui cavidades,estes pequenos orifícios  permitem a passagem do ar. Nas aves esta característica dos ossos está associada ao voo através de associações de força e leveza, fornecidas por sua estrutura óssea. Os ossos Pneumáticos  podem ser encontrados no crânio, úmero, esterno e na cintura escapular, podendo se estender para o restante do esqueleto apendicular. Podendo também variar entre as espécies, sendo mais desenvolvido em aves de grande porte. O interior destes ossos conecta-se a um sistema de sacos aéreos, contribuindo para a refrigeração interna do esqueleto, redução da massa corpórea e estabelecendo um sistema unidirecional do fluxo de ar.

Perda, atrofia ou fusão de ossos e órgãos,  como por exemplo a bexiga, tudo isso contribuindo para a leveza e maior potencial de voo.

Aquisição de um sistema de sacos aéreos – De certos brônquios secundários se estendem bolsas chamadas de sacos aéreos que se encontram tanto na região posterior quanto na região anterior do corpo do animal, penetrando, inclusive, em alguns ossos. Os sacos aéreos têm a função de ventilar ar para os pulmões, tanto no processo de inspiração quanto no processo de expiração. Esse auxílio garante à ave um fluxo constante de ar rico em oxigênio e tem formato de balão ,além de diminuir o peso específico do animal, propiciando o voo. O volume de gás nos sacos aéreos é 10 vezes maior do que nos pulmões. Faz também a função de contra peso, dessa forma o corpo fica na posição correta e em equilíbrio com a gravidade durante o voo.Estes sacos também auxiliam na refrigeração do corpo das aves, pois, como o gasto de energia durante o voo é muito alto, uma grande quantidade de calor acaba sendo liberada. Esse excesso de calor é absorvido pelo ar frio que se encontra no interior dos sacos aéreos, sendo eliminado do corpo através da traqueia. Postura de ovos  – Foi uma parte bem importante da evolução ,  voar carregando um feto seria bem complicado, além do peso tem o fator de uma sobrecarga no organismo da ave.

Presença de quilha, expansão do osso esterno, na qual se prendem os músculos que movimentam as asas.

As penas encontradas em todas as espécies de aves são extremamente leves e flexíveis, formadas por queratina e produzidas de maneira semelhante ao pelo dos mamíferos. Tem como função proteger contra choques mecânicos, impermeabilizar a pele e manter a temperatura corporal do animal constante, servindo de isolante térmico. A estrutura de uma pena consiste em um eixo central, chamado de ráquis, que se encontra inserido em uma base chamada de cálamo. Da ráquis saem pequenos filamentos chamados de barbas, e das barbas saem outros filamentos ainda menores chamados de bárbulas. As bárbulas prendem-se umas às outras através de ganchos. Isso mantém as penas organizadas e promove a proteção da pele e a sustentação para o voo. Quando as aves estão  alisando as penas com o bico, estão alinhando as bárbulas para que seus ganchos se encaixem.

As aves são desprovidas de dentes e bexiga; e algumas espécies possuem somente um ovário. A ausência desses órgãos permite às aves a diminuição de seu peso, favorecendo o voo. Nas aves do tipo migratórias, as penas são mais longas, isso permite que a ave bata as asas lentamente, poupando energia e cansando menos.  Aves que se locomovem com velocidade como alguns rapinantes e até o ligeiro beija-flor possuem penas mais curta para dar agilidade. Elas são praticamente uma maquina de voar, as penas longas e asas servem para controlar movimentos como subir e descer, ou seja, são responsáveis pelo pouso e decolagem, já a cauda por sua vez controla os movimentos de giro esquerda/direita.

COMO A CIÊNCIA EXPLICA O VOO (Fonte Unesp) Tanto o voo das aeronaves como os das aves se baseiam no princípio da Física conhecido como a Lei de Bernoulli, que afirma existir relação inseparável entre a pressão e a velocidade das correntes fluidas. Para entendermos melhor, vamos considerar que as correntes de vento estão passando sobre a asa de um avião. Como a asa é convexa, a parte superior é maior que a de baixo, desse modo a corrente de vento desliza em maior velocidade na parte de cima do que embaixo. A Lei de Bernoulli diz que a região de menor velocidade terá pressão maior que a de maior velocidade, desse modo ocorre uma força ascendente, ou seja, empurrando o corpo para cima, superando seu próprio peso, desse modo conseguem se sustentar no ar, porém para que se consiga o impulso para decolar é necessário ar na superfície, dai a necessidade de correr na pista para decolagem.

“Aviões e aves voadoras possuem asas abauladas e levemente inclinadas. O grau dessa inclinação (chamada de ângulo de ataque) determina maior sustentação e maior força de resistência do ar, diminuindo a velocidade do avião ou da ave. Para que o avião não entre em estol (vire), o ângulo de ataque da asa precisa ficar numa posição que não crie uma resistência demasiada do ar. A forma de evitar isso, são as aletas que criam fendas e aumentam a velocidade do ar sobre a asa garantindo maior poder de ascensão.” (Unesp, net)

Nas aves o impulso para decolar são os músculos do peito  que atuam no batimento das asas, nesse momento elas desenvolvem a força de ascensão durante o bater das asas no momento que as asas abaixam, quanto maior o numero de batida maior altura. Bem, agora que entendemos porque as aves adquiriram a capacidade de voar, fica mais fácil entender que tudo nela conspira para que isso aconteça. Foram milhares de milhares de anos de evolução e preparo para que elas tenham essa capacidade incrível. O ponto que quero chegar é que muita gente acredita, se sente segura e da bobeira achando que com a asa aparada pode deixar lá fora, sair com ela e a ave não conseguira voar. Sei que nesse ponto da matéria vai ter inúmeras opiniões controvérsias, é normal, porém o intuito da matéria é levar a reflexão, no fim a decisão é sua:

  1. Se aparar da forma correta ela não voa de jeito nenhum – MITO – Costumamos esquecer que o fator Medo, grande motivador das fugas provoca nos seres vivos fenômenos fora do comum, é comprovado por fatos e experimentos científicos que homens e animais, expostos a fatores extremos podem adquirir força e habilidades fora do comum, explicando assim a capacidade de voo demonstrada por algumas aves mesmo com as asas aparadas;
  2. Se aparar só uma asa ela vai desequilibrar e não consegue subir – Bem, existe diversos relatos de aves com acidentes sérios por estarem com asas aparadas desta forma, que submetidas a susto ou medo, por instinto, tentaram voar e sofreram sérios ferimentos como abertura da quilha, fraturas entre outros. Não faz sentido aparar a asa para segurança de fuga e colocar a ave em risco de vida.
  3. As asas devem ser aparadas por profissional competente, como exposto acima, faz parte do voo inúmeros fatores como peso, fisiologia, correntes de vento que contribuem para o voo, desse modo o corte pode variar em quantidades de penas dependendo da capacidade de voo da ave;
  4. O aparo de asa correto permite que a ave plane de modo descendente, sem ganhar altura, porém, sempre é bom reforçar, que nos casos de susto ou medo, sabe-se de diversos casos que conseguiram ganhar altura, principalmente quando temos a junção medo+corrente de ar naquela hora, elas são impulsionadas e conseguem voar.
  5. Aves com asas inteiras ganham altura fácil e conseguem se deslocar melhor, também possuem melhor capacidade de defesa contra predadores e contra pessoas mal intencionadas. O que tenho percebido das fugas que acompanhei é que as aves com asas inteiras , que não são treinadas para voo livre, no primeiro momento de voo não vão tão longe, já que por falta de condicionamento físico não conseguem de imediato se deslocar em grandes distancias, ao contrário, essa falta de condicionamento aliada ao medo e o desconhecimento do lugar faz com que normalmente posem próximo de casa (os especialistas falam num raio de 300 a 400mt do local e buscam um lugar alto), este tempo ajuda para que os donos encontrem.
  6. Sem querer fazer apologia ao “não corte de asas”, se restringir o voo evita muitos casos de “fugas” normais, ou seja, a ave sair voando mesmo por exploração ou curiosidade e não sabe voltar, por outro lado a coloca muito vulnerável tanto a acidentes domésticos como a ataques de animais e outros:

7. Por se acostumar a andar e não voar é comum aves por acidente ser pisoteadas  pelos    moradores das casas tendo como consequências sérias fraturas expostas e até óbito; 8. Também pelo voo restrito é muito comum que pessoas próximas e mal intencionadas peguem essa ave e fiquem, não que isso não aconteça com uma que voe, mas uma ave que não voa é muito mais fácil de se pegar, porque se encontra totalmente sem defesa, nesses casos a ave é pega e levada embora pra longe na hora da fuga, sem dar chance de ser achada pelos donos; 9. Outro fator negativo é que ficam indefesas e suscetíveis a atropelamentos, ataques de cães, gatos. A fim de enriquecer o processo decisório e lhe ajudar na reflexão sobre o tema, e também para dar subsidio ao contraditório, buscamos escutar profissionais experientes, criadores que já passaram por essa situação e tem vivência no manejo com psitacídeos, segue depoimentos:

“Referente ao aparo das asas a minha opinião como veterinária é a família se adaptar a ter uma ave, o qual é da natureza voar. Indico a utilização de telas de proteções em toda a casa e quintal, a construção de viveiros pois no mercado atualmente mesmo as maiores gaiolas são insuficientes para voo, e que o animal seja treinado para utilização de pet aviator, e não fique sem supervisão. Manter as asas sem aparar permite ao animal que desenvolva suas funções naturais como o voo, o desenvolvimento da musculatura peitoral e a independência quanto a decisões de onde gostaria de estar, se tornando um animal independente e vindo para o ombro quando deseja, percebemos que muitas vezes os animais ficam mais alegres e brincalhões quando tem a possibilidade do voo.” (Dra. Elisa Tiberio Médica Veterinária Especialista em Animais Silvestres e Exóticos). 

elisa

https://www.facebook.com/zoogardenvet/?fref=ts[/caption]

Depoimento da página AVES AMOR INCONDICIONAL – Este grupo tem como objetivo a ajuda mútua entre criadores e apaixonados por psitacídeos (aves de bico torto). Buscando e trocando informações, experiências, conseguiremos tornar o mundo um pouco mais agradável para nossos bichinhos e para nós mesmos. https://www.facebook.com/Aves-Amor-Incondicional-1150395704978488/

Pet Silvestre – A Pet Silvestre é uma empresa que trabalha com animais para diversas finalidades, entre elas, treinamento e condicionamento de animais para produções publicitárias, cinema e tv; educação ambiental em escolas e eventos; treinamento militar, entre outras atividades.

“O ideal seria que todos os animais recebessem treinamentos para evitar fugas, porém algumas espécies como as calopsitas se assustam com muita facilidade, costumam voar e não voltar. Trabalhar com treinamento não é fácil e nem todo proprietário tem disponibilidade para isso. No tocante ao aparo de aves ele deve ser feito por um médico veterinário especializado em aves, o aparo de asas envolve manejo,anatomia,fisiologia, é necessário ter conhecimento, algumas formas de contenção errada podem levar a ave a óbito por sufocamento, o aparo errado pode também ocasionar hemorragia de difícil contenção. Não existe certo ou errado, o proprietário da ave deve analisar as possibilidades ,o ideal é que se priorize primeiro a segurança da ave.” (Dr Octávio Lisboa Médico Veterinário Especialista em Exóticos e Silvestres – Contato https://www.facebook.com/medicinaaves/?fref=ts [caption id=”attachment_62″ align=”alignnone” width=”150″

Depoimento de Laura Camargo da página AVE COMPANHEIRA – A página tem por finalidade trabalhar aspectos comportamentais no manejo de psitacídeos a fim de melhorar a relação tutor/ave. https://m.facebook.com/Ave-Companheira-1610443809200729/

TREINAMENTOS  ÚTEIS PARA SITUAÇÃO DE FUGA

Alguns treinamentos além de servir como interação com o dono e atividade, tornando a vida da ave mais rica e prazerosa, são fundamentais e de grande ajuda nas situações de fuga, apresentaremos em seguida, um vídeo gentilmente cedido pelo Mauricio Catelli, de treinamentos regulares que executa com suas aves. Destacaremos aqui os pontos :

  1. Ensinar a ave vir empoleirar na pessoa, ajuda muito na hora que achar para que ela reconheça o dono e venha, no vídeo ele usa o recurso de voz e também de assobio para que a ave o localize mesmo a distância, alguns especialistas também indicam fazer uso de apitos para cachorros, já que o som é audível  para as aves em longas distâncias, ajudando dessa forma a mesma voltar pra casa.
  2. Uma das maiores dificuldades quando as aves estão aprendendo a voar, e ter domínio das técnicas de voo (curvas em locais fechados, voltas, giros e demais acrobacias) é aprender a descer, é muito comum que os donos tenham a felicidade de encontrar a ave, porém em locais muito altos e de difícil acesso, assim, treinados para descer facilitara muito a recuperação da ave. Segue o vídeo dos treinamentos:

Sinceramente, acreditamos que o melhor método de dar segurança as nossas aves é telando mesmo o ambiente, somos conscientes que não garante 100%, afinal, mesmo com tudo telado alguém pode esquecer uma porta aberta, mas seguramente, reduz significativamente as possibilidades. Acidentes acontecem de certo, o número de fuga de aves é sem dúvida alarmante, na maioria dos casos por um detalhe que poderia ser evitado.

MAS O QUE FAZER QUANDO MINHA AVE FUGIR?

 Imediatamente após a fuga SAIR PARA PROCURAR – AS PRIMEIRAS HORAS SÃO FUNDAMENTAIS

A ave se perde por não tem referencia de retorno, logo que a ave voa, dependendo da resistência, ela vai pousar numa arvore ou prédio alto , procure delimitar um quadrante de uma área de 200 a 400mt do local da fuga. No momento que ela pousa, normalmente silencia para observar o ambiente; Costuma ficar de 2 a 3 horas no lugar do primeiro pouso, isto, se não tiver nada que assuste ela;nesse tempo ela fica quieta para não chamar atenção de predador; Após uma média de 1 hora no mesmo local, ela relaxa e começa a se divertir, é tudo novidade, vai bicar as folhas, os frutos, brincar com os galhos.

Se procurar entre as 16:00 e 18:00hs as chances aumentam, quando o sol começa a se pôr eles vão procurar abrigo, se recolher e ficar quieta num canto, achando nesse momento é bem mais fácil que atenda seu chamado e desça se já tiver desenvolvido essa habilidade de voo, ou podem tentar escalar galhos mais baixos,o outro horário é pela manhã na hora que acorda por volta das 5 da manhã dependendo da sua região, ou seja, nos primeiros raios do sol, nesse horário ela costuma fazer barulho o que facilita ser encontrada.

Elas também não costumam  se aproximar de estranhos, a menos que a fome ou sede aperte muito. Se for em período chuvoso, e ela encontrar água onde pousou, suportará um período maior, em média 24 horas. Se for um tempo seco e de muito calor, ela vai procurar lugares movimentados e localizar pessoas com o biótipo dos humanos que cuidavam dela, detalhes como altura, cor da pele, cabelo vão chamar atenção dela e sinalizar confiança. Aves domésticas, já habituadas com seu nome, costumam responder, não no momento da fuga, salvo se for o dono chamando e ela reconheça a voz, ai sim, tem maior chance que ela responda.

DICAS

Leve a gaiola e comedouros que está acostumado com ração e água;

Evite atitudes bruscas, usar redes como o pulsar (usado para pesca) eles tem muito medo e vai acabar afugentando ele e dificultando a captura; Lembre que é um exercício de paciência e que ela vai ser fundamental para o sucesso do resgate, se você começar a ficar nervoso, se afaste, respire e tente se acalmar;

Observe o ambiente, elabore estratégias de aproximação;

Evite uso de toalhas, panos, coisas chamativas.

SAIU PARA PROCURAR E NÃO ACHOU?

As redes sociais são uma poderosa ferramenta a nosso favor, providencie uma foto nítida e recente (lembre que filhotes mudam muito até estabilizar o padrão de adulto), faça um cartaz com o máximo de dados que puder (Local da fuga – bairro, cidade, estado, se for anilhado informe as letras não dê o número completo, espécie, dia e hora da fuga, telefone com DDD), divulgue em grupos de criadores, classificados, apele para família e amigos compartilhares, muitos foram achados dessa forma;

Imprima cartazes e espalhe no seu bairro, de preferência ofereça recompensa, costuma funcionar, deixe em lugares de grande movimento como mercadinhos, pet shops, salões, clinicas veterinárias, enfim, quanto maior a cobertura maior as chances;

Contrate um serviço de som para cobrir toda área;

Entre em contato com serviços de entrega como água, gás e outros e ofereça recompensa para quem achar, eles tem acesso a várias casas e com certeza sabem onde apareceu ave derrepente.

ÓRGÃOS PÚBLICOS QUE PODEM SER ACIONADOS

Pode ocorrer de alguém achar e procurar os órgãos ambientais, então vale ligar para a policia ambiental da sua cidade, e também os centros de triagem de animais silvestres para saber se não recolheram animal com a característica do seu. Em caso de encontrar a ave em lugar alto ou de difícil acesso procurar o órgão responsável como policia ambiental ou o corpo de bombeiros é válido.

Fundadora do Diário

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