Kate, uma história de superação!

Voar é a maior representação da liberdade, não tem quem não suspire admirado ao contemplar um pássaro em pleno voo, a delicadeza do bater das asas,a força ao rasgar o céu e a sensação de pleno repouso, de leveza ao planar, quem nunca ficou imaginando como seria voar?

Somos obrigados a admitir que uma ave que não voa, ela perde seu atributo principal, sua essência e característica principal, arrisco dizer que é quase como uma ave deixar de ser ave, sem voar vira um animal terrestre.

Ficamos emocionados ao escutar a linda história de Kate (Papagaio do Congo) e seu tutor Maurício Catelli.

“Algumas pessoas criam aves, outras assumem a responsabilidade de fazer esta ave feliz, uma delas é Maurício!”

Depoimento de Maurício Catelli:

Este foi o momento de maior emoção no meu relacionamento com as aves até hoje! A Kate, depois de muito tempo e um enorme sacrifício, voltou a voar!

Esta história começou ha 2 anos e 6 meses. Fui aconselhado a cortar suas asas assim que chegou, na época filhote. A princípio não vi grandes problemas, pois as penas voltariam a crescer. O risco de tomar um susto e acabar se perdendo era alto, especialmente no primeiro ano. Não tinha experiência, nem informações suficientes para fazer este julgamento de forma criteriosa e aceitei a indicação de aparar. Pois bem, tão logo começou a se movimentar com consistência, a passei para um espaço grande, e na sequência foram chegando as outras aves, as quais já havia decidido não ter asas cortadas, mesmo os filhotes.

Os problemas começaram. Levava algum susto, caía e se machucava. As penas que começavam a crescer, quebravam. Meses foram se passando e nada das penas de voo crescerem definitivamente. Em um momento, me aconselharam a desistir de tentar fazê-la voar. Fiquei louco da vida com este conselho e jurei à mim mesmo que ela voaria novamente, nem que a opção fosse fazer um implante.

Discutimos o assunto, envolvendo o Dr. Alessando ExoticPets , Dr. Fernando e a Paloma Bosso, especialista em comportamento e bem estar animal. Decidimos deixá-la em um local menor, o tempo que fosse necessário, até que as penas pudessem crescer e se fortalecer, sem risco de bater e quebrar. Fizemos um programa de atividades intensa, para que não se estressasse com uma situação totalmente fora daquilo que estava acostumada. Meu nível de atenção e carinho mais do que dobrou. Passados cerca de 4 meses e com as penas já grandes o suficiente, começamos a fazer exercícios físicos, para que a musculatura das asas se fortalecesse. Chegou então o grande momento, o qual registrei neste vídeo! O momento foi tão legal, que ela assobiou, momentos antes do voo as primeiras notas e eu as seguintes da música “SkyBird”, nossa canção favorita! Realmente muito gratificante sentir minha heroína voando! Vale sempre o agradecimento aos meus amigos Dr. Alessandro e Dr. Fernando da Exotic Pets e a Paloma Bosso, pessoas que nunca desistiram deste desafio!