Saúde

A Velhice nos Papagaios

11 de julho de 2017

Publicado por:

A Velhice nos Papagaios

11/07/17   Adna Dantas – Redatora e administradora do Diário de Um Papagaio

 Pouco se fala sobre a velhice e suas consequências para os papagaios e como a família humana lida com isso. De modo geral as pessoas esperam que seus animais de estimação tenham uma vida curta em relação ao homem, baseando-se nos modelos de cachorro e gato. Dentre os animais de estimação as aves como papagaios, araras e cacatuas, diferente dos demais, tem uma expectativa de vida semelhante ao homem, ou seja, em média de 80 anos, grande parte dos tutores não se preparam para isso, não pensam e não sabem reconhecer quando seu bicho já pode e deve ser tratado como um idoso, ou seja, cuidado redobrado, acompanhamento de um geriatra animal e até adaptações em sua rotina são válidas.

Mas o que é a velhice? Velhice é a qualidade do que é velho, não é novo, e já apresenta sinais de desgaste pelo tempo ou uso.

 Já sabemos que eles têm a expectativa de vida igual ao do homem, portanto não envelhecem rápido como outras espécies como cachorros e gatos. Devemos considerar também que fatores como genética, qualidade de vida e nutrição afetam diretamente na sua expectativa de vida.

 Com a idade vem as doenças e nas aves elas são similares as dos mamíferos, podemos citar:

 -Catarata Senil – Embranquecimento do cristalino dos olhos

-Aterosclerose – Espessamento e acúmulo de gordura na camada interna das artérias

-Neoplasmas incluindo os cânceres

-Problemas reprodutivos

-Arteriosclerose

-Dermatites

-Tumores

-Doenças hepáticas

-Doenças articulares e degenerativas

-Tumores ovarianos

-Dificuldades respiratórias

 PREVENÇÃO

 É certo que não podemos evitar a velhice, mas podemos trabalhar para que nossa ave tenha uma velhice saudável e com qualidade de vida, para isso alguns pontos são importantes:

 – Uma alimentação saudável e equilibrada vai deixar o corpo mais forte e evitar muitas doenças relacionadas a gordura e degeneração por exemplo, além de estar forte para combater as doenças e passar pelos sintomas;

-Uma coisa boa é que não há perda dentária como na maioria dos mamíferos (hahahaha), apesar disso devemos ficar de olho na alimentação já que a grande maioria  é propenso a obesidade e com isso doenças relacionadas a gordura e sobrepeso;

-O exercício físico é fundamental – estudos apontam que os ossos de aves que não voam se degeneram com o tempo. Bem como o seu sistema cardiorrespiratório não é tão eficiente;

-Além do voo, aves em ambientes muito pequenos, asas aparadas e locomoção restrita são mais suscetíveis a problemas articulares, elas precisam se movimentar, subir, descer, escalar, andar;

-Banhos de Sol – O sol direto em tempo e horário controlado é necessário para produção de vitamina D, sempre bom enfatizar que sua baixa está relacionada com várias doenças entre elas câncer;

-Stress – O stress, nosso inimigo moderno também é um vilão para nossas aves, qualidade de vida inclui atividades, brincadeiras, espaço seguro e interação. Uma ave feliz adoece menos, envelhece mais devagar e com mais saúde.

 Como tutores precisamos estar preparados para cuidar do nosso pet caso alguns desses problemas venham aparecer, seja dando amparo estrutural adaptando o local para suas necessidades e dificuldades, seja dando suporte psicológico já que algumas dores e doenças podem os deixar mais irritados e difíceis, seja fornecendo tratamento médico especializado e suporte com terapias e remédios.

Infelizmente o abandono de pets nos momentos que eles mais precisam (doença e senilidade) é uma realidade cada vez mais presente. Velhice não é e não deve ser sinônimo de doença, basta que nos anteciparmos na prevenção e hábitos saudáveis.

 Precisamos estar atentos aos hábitos e costumes da ave, toda alteração no seu comportamento rotineiro é um importante indicador que algo não vai bem, mas só conseguimos desenvolver isso através de longo tempo de observação e profundo conhecimento dos hábitos de nosso pet.

 Conhecemos este Sr. Lourinho de 69 anos da Lu Pasqualli

“A única mudança no lorinho é o andar que já não é tão rápido quanto a de um papagaio de 5 anos por exemplo, penas eu comparo com a pele da gente. Acho que o envelhecimento é natural, mas totalmente saudável. ”

Espero que tenham curtido a matéria, deixem seus comentários abaixo, e se você tem também um idoso de penas em casa e quiser partilhar sua experiência conosco nos envie um email para contato@diariodeumpapagaio.com.br

 

Fundadora do Diário

error: Conteúdo protegido