Papagaio Leleco – Porque se foi tão jovem?

Depoimento enviado por Ivina Luiza Horas

Bom, vou contar a história do nosso Leleco!!!

Desde sempre ouvi minha mãe dizer que queria um papagaio, mas não queria comprar um contrabandeado pois não achava legal. E nós tínhamos uma cachorra poodle que adorava ficar no buraco da nossa churrasqueira (ela tinha a casinha dela mas vivia dentro do buraco).

Um belo dia meu priminho chegou e perguntou o porque tinha um papagaio junto com a Taty no buraco da churrasqueira!!! Quando corremos pra ver ele começou a gritar LELECO, LELECO e começou a dançar!!!

Imediatamente o pegamos, ele não tinha nenhum machucado, parecia ser filhote, não tinha anilha!!! Fizemos cartazes e colocamos aqui no bairro a procura dos donos!!! E nunca ninguém veio atrás.

Minha mãe sempre disse que não iam vir porque ele era um presente do céu e era mesmo. Conhecia cada um de nós e tinha um jeito mágico de nós cativar, quando ouvia meu pai abrindo o portão não sei como, mas ele o conhecia e começava a gritar OI MEU AMOR!!! até meu pai subir as escadas e vir brincar com ele um pouquinho!!!

Meu sobrinho ele chamava de NENEM!!! Minha mãe ele também chamava de MÃE!!! Eu de um jeito não muito educado me chamava de VIADÃO!!! Aceitava carinho de todos aqui em casa menos o meu ele vinha correndo pra pegar meu dedo e começava a rir e dançar descontroladamente kkkk ele foi o melhor papagaio que se possa imaginar!!! Era nosso reizinho!!!

Na quinta feira que passou 28/07/16, estava dormindo e minha mãe me acordou chorando e gritando, quando entrou no meu quarto ela estava com ele no braço ele todo amuado e tristonho, levantei correndo e pela primeira vez em anos ele ficou no meu colo quietinho. Fui urgente  para o veterinário, chegando lá disseram que ele estava com peito seco, porém o jeito que o veterinário o examinou me deixou a desejar, principalmente porque ele começou a vomitar!!!!

Nunca tinha visto ele daquele jeito!!! Sai de lá correndo e fui para o hospital veterinário e chegando lá infelizmente ele começou a ter paradas cardíacas e faleceu!!! Naquele momento sai de mim, chorei desesperadamente, gritei, peguei meu bichinho no colo querendo que ele acordasse mas infelizmente era tarde!!! A pior parte foi contar para minha mãe!!! Contar que o nosso Leleco havia morrido!!! A veterinária pediu para deixalo lá para fazer autópsia mas não deixei, só queria o trazer para casa!!! Cheguei em casa e todos já estavam aqui, o colocamos em uma caixinha e o enterramos em nosso quintal!!! Nunca havia passado por isso, já perdi alguns animais mas nada se compara ao meu Viadão, nada se compara ao meu Leleco!!! Ele brincava pela casa, brincava com todos, cantava, desfilava e principalmente GRITAVAAAAA!!! Bom é isso só queria contar a todos que a perda de um papagaio e a pior perda do mundo!!!

Nós aqui do Diário de Um Papagaio e provavelmente você também que está lendo a matéria deverá estar se perguntando do que ele morreu tão repentinamente, já que segundo os proprietários ele aparentemente estava bem e morreu de forma repentina.

Infelizmente no calor da emoção a família não quis fazer a autópsia que seria determinante para esclarecer porque um papagaio de 10 anos, aparentemente saudável morreu tão jovem e rapidamente, sem se quer dar tempo de ser salvo.

Buscamos saber sobre sua alimentação e a única prática não recomendável é que comia regularmente mistura de sementes, por comer muitos vegetais e frutas a família acreditava que não ofenderia. Nunca saberemos se o excesso de gordura das sementes já tinha afetado seu sistema hepático a esse ponto. Como o mesmo era criado solto inúmeras coisas podem ter acontecido, como por exemplo a ingestão de alguma substância tóxica, algumas substâncias que tem disponível em casa para humanos como por exemplo chocolate, café que podem dar taquicardia e levar a óbito por exemplo, basta deixar um pedacinho por descuido em algum lugar da casa e a ave pegar. Enfim, como os proprietários mencionaram, a dor realmente imensa, principalmente quando se tem uma ave bem cuidada, tratada com respeito e carinho como era o caso de Leleco.